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Premiado duas vezes pela Academia, pelos roteiros de “Sideways” e “The Descendants”, Alexander Payne é um gênio silencioso. Dono de um estilo que remete a cineastas da Hollywood setentista, ele é pouco lembrado pelas pessoas.

Seus filmes lidam com questões profundamente humanas e são engraçados justamente por compreenderem a natureza de nossos dilemas e das relações interpessoais.

Por mais melancólico que seja, “Sideways” também é uma obra prima da comicidade, o melhor exemplo do tato de Payne para situações delicadas. Até mesmo “Citizen Ruth” e “Election”, suas obras mais satíricas, funcionam como estudos de personagem. Para a minha felicidade, “The Holdovers”, seu novo trabalho, além de apagar o gosto amargo deixado por “Downsizing”, representa um retorno triunfal de uma parceria que havia dado certíssimo há exatos vinte anos. Paul Giamatti é um ator fantástico, mas Payne o torna fenomenal, não à toa, está cotadíssimo em todas as premiações.

“About Schmidt” apresenta Jack Nicholson em sua melhor performance na década de 2000, o que reforça a capacidade de Payne em dirigir atores. Não que o veterano precise de muito, todavia, o toque do cineasta e roteirista é nítido.

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