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“Todas As Mulheres Do Mundo” se passaria facilmente por um filme de François Truffaut. É leve, inteligente, divertido e inovador. Pode-se dizer que o arco está dentro das convenções das comédias românticas; em contrapartida, sua linguagem é sofisticada e conversa diretamente com a natureza do protagonista.

“O mais difícil não é escolher uma, mas desistir das outras”, diz Paulo, um tremendo mulherengo que não mede esforços para ir direto ao ponto e seduzir seus alvos. Ele grava os nomes e os apelidos, gosta de sair com a mesma turma, porém sempre trocando de par. Os homens parecem iguais, falam as mesmas coisas sobre as mulheres, dando a impressão de que acima da honestidade, está o medo de se expor e de sair da zona de conforto. Eles frequentam boates, sentam-se em mesas de bares e festejam, tendo como única obrigação a diversão. Paulo é malandro, tem frases decoradas e as usa sem pudor. Tudo muda quando ele conhece Maria Alice, namorada de um de seus amigos. O uso de freeze frames é recorrente ao longo da obra e aqui é fundamental para expor a sensação do protagonista: ela era diferente das demais.

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