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Zé é um fazendeiro humilde, cujo burro, desenganado, foi curado de forma improvável. Ele, então, em agradecimento, parte para o cumprimento da promessa que fez, transportando, nas suas costas, uma enorme cruz, da roça até a cidade grande, com o objetivo final de depositá-la no interior da Igreja de Santa Bárbara.

Ninguém está certo em “O Pagador de Promessas”. Todos os personagens cometem erros e injustiças, no entanto, tendemos a simpatizar pelo mais puro, no caso, Zé, o protagonista. As imagens iniciais salientam a magnitude do seu esforço. Ele chega na Igreja e, mesmo sem pressa, espera que a situação seja resolvida rapidamente. Zé é ingênuo e ignorante, mal sabe o que significa fé e desconhece as inúmeras vertentes dentro dela. Sua esposa, Rosa, não parece envolvida com o caso, é uma mera acompanhante, sem voz e insatisfeita. A roça é pacata e permite que seus habitantes mantenham um grau de pureza, não compatível com a malícia dos habitantes das grandes cidades. “Bonitão” – apelido que retrata o seu sucesso com as mulheres – é a personificação da malícia e se aproveita tanto da alienação de Zé quanto da carência de Rosa, que desejava mais atenção do marido. A confusão final também é causada pelo personagem, contudo, o grande “antagonista’’, na história, é a Igreja.

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