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Os personagens de “Pixote” estão associados à escuridão. O filme consegue ser, ao mesmo tempo, um retrato brutalmente honesto das instituições correcionais de menores e um estudo sensível de personagem.

A maioria dos jovens não tem pais, nem motivação, apenas existem e tentam sobreviver. Seus carcereiros mantêm a aparência, como se fossem zelosos pela recuperação dos internos. O fato é que se trata de uma cadeia, só que ainda mais violenta e imune a qualquer sentimento de empatia. Alguns garotos são executados, não sabemos bem o porquê. Apenas acontece e nada se pode fazer. As desculpas são as mesmas, ninguém ali tem o mínimo de empatia. São ambientes imundos, insalubres, escuros e precários, nos quais esses jovens, em meio a tanta desesperança encontram, ainda assim, alguma forma de se divertir, através de um “dialeto” regado por gírias e todos os tipos de palavrões, das revistas pornográficas que passam de mão em mão, de música ou de futebol. A dificuldade traz um senso maior de união e companheirismo, afinal, se juntos eles já são quase nada, sozinhos então…

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