Poucos atores estreiam no cinema sendo o protagonista de um filme dirigido por Robert Altman, no caso, “Popeye”.
Eu não consigo entender porque a maioria das pessoas não admiraram essa adaptação, na qual Williams já esbanjava carisma, versatilidade e gentileza.
Sua carreira é extensa e é repleta de grandes filmes, mas há dois deles que definem perfeitamente o legado que Williams deixou:
“Dead Poets Society” e “Good Will Hunting”.
John Keating e Sean Maguire têm as suas diferenças, no entanto, ambos são inspiradores, sábios, divertidos, sensíveis e melancólicos.
Sinceramente, são dois personagens que não consigo imaginar outro ator interpretando.
Não conhecemos os atores pessoalmente, mas cada um tem a sua persona artística e Williams era um especialista em dar vida a personagens radiantes.
Como digo costumeiramente, a versatilidade é um ponto admirável nos grandes artistas e Williams também se arriscou. Seu principal êxito foi, provavelmente, “One Hour Photo”, uma espécie de suspense psicológico que funciona graças a complexa caracterização do ator.
Indicado quatro vezes ao Oscar, Williams levou a estatueta na edição de 1997, pelo filme “Good Will Hunting”.
Sua filmografia não é exatamente um exemplo de regularidade, mas é recheada de excelentes papéis e ele teve a oportunidade de trabalhar com cineastas importantes: Terry Gilliam, Gus Van Sant, Peter Weir, Steven Spielberg, Barry Levinson, Robert Altman, Mike Nichols e Woody Allen.
Em 2014, Williams, que lutava contra a depressão há algum tempo, cometeu suicídio. Sem dúvida alguma, foi um dos maiores baques que a indústria cinematográfica e o mundo, de modo geral, receberam nos últimos anos e pensar que sua morte está prestes a completar dez anos é um tanto assustador.
“I used to think the worst thing in life was to end up all alone, it’s not. The worst thing in life is to end up with people that make you feel alone.”
