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“One From The Heart”, o filme que fez Francis Ford Coppola falir, é um daqueles “fracassos” incompreensíveis. Sem dúvida alguma, é a sua obra mais vistosa e ambiciosa.

Trabalhando unicamente em estúdio, o diretor encontrou a mescla perfeita entre o realismo e a magia dos musicais. O uso de cores marcantes e contrastantes é bastante expressivo e dita o tom do filme.

A fotografia, por exemplo, tem como principal intuito expor o que os personagens estão sentindo. Em um mesmo espaço, podemos ter, primeiro, um vermelho intenso, que muda de conotação de acordo com a trama – desejo, paixão, culpa e raiva -, e, depois, um verde opaco, que traz uma sensação de impotência e solidão. O roxo é intenso e caminha numa linha tênue entre a felicidade, a tristeza e algo esteticamente lindo. O azul é utilizado de uma forma interessante, servindo como pano de fundo para idealizações amorosas, também ressaltando a melancolia conferida pelo roteiro. O dourado está diretamente relacionado a sonhos e aspirações.

Coppola sabe que a junção de todas as cores no centro de Las Vegas é responsável por um efeito hipnótico. 

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