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Howard Hawks é, possivelmente, ao lado de Stanley Kubrick, o diretor mais versátil da história da sétima arte. 

Eu considero praticamente impossível realizar uma “Screwball Comedy” perfeita. É um subgênero que abraça a insanidade e precisa de um nível de precisão quase desumano – dos intérpretes, do cineasta e do roteirista. Hawks dirigiu “Ball Of Fire”, “Bringing Up Baby”, “His Girl Friday” e “Monkey Business”. Se alguém estiver interessado em estudar a comédia no cinema, certamente se deparará com estes títulos. 

O mesmo vale para o Western. Quem imaginaria que após realizar “Red River”, uma obra prima visualmente inigualável e que rompeu com a imagem do “herói” concebida por John Ford em “The Searchers”, Hawks ainda nos brindaria com “Rio Bravo”, um Western igualmente essencial e complemente diferente de “Red River”. 

Ele também é um dos nomes mais lembrados quando o gênero “Noir” vem à tona, afinal, dirigiu “To Have And Have Not” e “The Big Sleep”. Hawks deu início a icônica parceria – artística e conjugal – entre Humphrey Bogart e Lauren Bacall. 

Existe uma diferença entre a genialidade e a importância de um cineasta. Eu não tenho dúvidas de que Nicholas Ray, John Ford, Billy Wilder, William Wyler e Alfred Hitchcock, por exemplo, são tão brilhantes quanto Hawks. Todavia, se mudarmos o foco da discussão para relevância, sinceramente, acho que ninguém se aproxima dele.

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