Ewan McGregor é um ator extremamente subestimado. Sim, ele participou da saga Star Wars e dificilmente alguém nunca ouviu falar o seu nome ou viu o seu rosto.
Fama é uma coisa e é inegável que McGregor atingiu um certo status, no entanto, quando discutimos sobre talento, raramente o mencionamos. Por que?
Bem, essa não é uma resposta simples, porém, diria que suas principais interpretações foram em filmes pouco assistidos: “Shallow Grave”, “Young Adam”, “The Ghost Writer”, “Down With Love” e “Stay”.
McGregor protagonizou obras marcantes, contudo, acabou sendo ofuscado pelo memorável trabalho dos diretores. Foi exatamente o que aconteceu em “Moulin Rouge!”, um musical extravagante, comandado por um cineasta que adora chamar a atenção para si.
Sua filmografia é interessante, repleta de pérolas pouco exaltadas.
McGregor já trabalhou com alguns mestres: Woody Allen, Todd Haynes, Steven Soderbergh, Tim Burton, Roman Polanski, Ridley Scott e Peter Greenaway.
“Trainspotting” foi o filme que alavancou sua carreira e Renton é, sem dúvida alguma, ao lado de Obi-Wan Kenobi, o seu papel mais apreciado até hoje. “Não quero ser indelicado, mas não é Shakespeare.”, disse o ator sobre a trilogia “Star Wars”.
McGregor nunca foi indicado ao Oscar, nem a nenhum prêmio super relevante, o que apenas sustenta a minha opinião. Escocês, ele é dono de um carisma e de um charme inconfundíveis e, ainda que se limitasse a essas qualidades, já seria digno de maiores elogios. Entretanto, “Young Adam”, obra que provavelmente contém
a sua melhor interpretação, é a prova definitiva de sua versatilidade. No filme, ele vive Joe, um jovem sedutor, calculista e misterioso, e consegue expor emoções complexas e contrastantes em um curtíssimo espaço de tempo. McGregor é um sujeito cativante e, mesmo quando interpreta um personagem de índole duvidosa, não conseguimos “torcer” totalmente contra ele.
Não poderia deixar de ressaltar a sua enorme habilidade para cantar. Quem assistiu “Moulin Rouge!” sabe do que estou falando.
