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Andrezj e Krystyna estão a caminho de seu barco, onde passarão uma noite romântica velejando. Interceptados por um jovem caroneiro, eles decidem ajudá-lo e acabam o levando para o passeio.

“A Faca Na Água”, a estreia de Roman Polanski, é um filme supostamente simples, porém complexo em seus símbolos e no seu contexto.

O até então “inexperiente” diretor, cria um embate interessantíssimo entre o “adulto” e o “jovem”. O primeiro é dotado de experiência, inteligência, sarcasmo e um falso senso de superioridade; o segundo é rebelde, prestativo, sedutor e exala vitalidade. Há uma certa admiração recíproca entre as partes.

Um sente falta do que já foi e o outro deseja aquilo que ainda o aguarda.

Eles não admitem, mas são extremamente frágeis. Quando Andrezj percebe que foi enganado, faz de tudo para humilhar o garoto, usando a sua sabedoria para colocá-lo em situações embaraçosas – físicas e intelectuais. O jovem não é tão cerebral, tem dificuldades em esconder certas emoções e expõe sua indignação com a infantilidade que lhe convém. No fundo, estamos diante de dois lados da mesma moeda. Seres em fases distintas, entretanto, igualmente inseguros, donos de personalidades que buscam o domínio constante, o posto de capitão.

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