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Responsável pela “Trilogia do Antes” e por “Boyhood”, Richard Linklater é um dos cineastas mais audaciosos da atualidade. Ele leva o termo “estudo de personagem” muito a sério, podendo levar dezoito anos para finalizar um projeto, às vezes “abusando” da privacidade alheia.

Brincadeira à parte, Linklater é um conhecedor nato da natureza humana e não tem receio algum em admitir que segue aprendendo sobre si diariamente. Nos projetos citados acima, os arcos dos personagens, inevitavelmente, conversam com o dos atores, afinal, quanto maior o tempo de filmagem, maior o amadurecimento.

Especialista em escrever roteiros orgânicos e realistas, Linklater, muitas vezes, faz dos diálogos o fio condutor de seus filmes. As pessoas andam, conversam e a câmera “apenas” as acompanha.

Linklater também se aventurou no universo das animações, criando obras esteticamente únicas, que beiram o psicodelismo, como, por exemplo, “Waking Life” e “A Scanner Darkly”.

“Escola de Rock” marcou uma geração de crianças, enquanto “Dazed and Confused” e “Everybody Wants Some!!” o alçaram ao patamar de mestre dos “Hangout Movies”.

Seu último filme, “Hit Man”, que estreou no Festival de Veneza e que eu tive a oportunidade de assistir duas vezes no Festival do Rio, é espetacular. Glen Powell tem tudo para ser o seu novo Ethan Hawke.

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