Skip to main content

Marianne e Jean-Paul passam férias em uma casa exuberante, perto de St. Tropez e acabam sendo surpreendidos pela presença de Harry, um antigo amigo do casal, e sua filha de dezoito anos, Penelope.

A imagem dos corpos de Alain Delon e Romy Schneider à beira de uma piscina ensolarada é o que podemos chamar de perfeição humana. Nesse sentido, o trabalho de casting é brilhante, trazendo à tela atores de uma beleza inigualável, talentosos o suficiente para exporem a contradição trabalhada pelo roteiro. Se na superfície, “La Piscine” é um filme elegante e hipnotizante, no fundo, é extremamente pessimista em relação aos seres humanos. Objetivamente, o que vemos é irretocável, no entanto, o interior dessa perfeição estética não poderia ser mais contraditório e podre. Os corpos, em algum momento, se deterioram e perdem a aparência escultural, o caráter das pessoas é mais difícil de mudar – não depende do tempo, mas de uma vontade própria.

Marianne, Jean-Paul e Harry agem como grandes amigos, contudo, aos poucos, notamos que a manutenção de uma imagem é priorizada em relação à exposição de verdades veladas. Nenhuma relação escapa de crises e os personagens acreditam que se blindar de certos sentimentos é a saída apropriada, quando, na verdade, apenas aflora suas imperfeições.

O que você achou deste conteúdo?

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora. Seja o primeiro a avaliar!