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As pessoas nascem, crescem e vão para a escola. Elas ainda não são “seres humanos”, não têm opiniões próprias, objetivos, convicções, nem desejos. Seus colegas são fundamentais nesse período de transição, afinal, estão passando pelas mesmas dificuldades, no entanto, são os “mestres” e os pais as principais figuras por trás de grandes homens/mulheres.

Tradição, honra, disciplina e excelência são as palavras que descrevem o internato masculino habitado pelos personagens de “Dead Poets Society”, um filme que vê nesse tipo de pregação, conceitos arcaicos, que, ao invés de tornarem os jovens seres complexos e interessantes, os padronizam, dizendo mentiras e os forçando a seguir um caminho comum. Os pais deveriam ser o contraponto, a representação máxima de entendimento e carinho, mas não, esses se importam apenas com “oportunidades”, o que eles não tiveram (ou tiveram). Harvard, Yale e carreiras X e Y soam belas quando partem de um interesse genuíno, não de uma imposição. Não existe sonho maior ou menor. Ser um médico não é melhor do que ser um ator e as pessoas precisam de autonomia suficiente para exercerem suas preferências, escolherem quem querem ser, quais são os seus pontos de vista e suas paixões.

Acostumados com senhores sisudos e rígidos, os alunos tomam um susto ao se depararem com John Keating, o novo professor de inglês, cuja primeira instrução é arrancar uma página do livro. Poesia não é algo que se explica matematicamente e, ainda que admita que a engenharia, o direito e a medicina são carreiras essenciais para nossa sobrevivência, Keating sustenta que são os poemas que nos tornam humanos. Vivemos graças ao amor, aos romances e a poesia é o meio pelo qual podemos expor nossas fragilidades, nossos sentimentos mais potentes e incríveis.

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