Skip to main content

Assim como Milos Forman, podemos dizer que Alan Parker é um “gênio desconhecido”. Seus filmes fizeram bastante sucesso na época de seus respectivos lançamentos, porém o tempo passou e obras fascinantes como “Coração Satânico”, “Mississipi Em Chamas” e “The Commitments” foram esquecidas pelo grande público. Parker morreu no início de 2020 e é uma pena notar que não houve nenhum tipo de comoção, pois seus méritos como diretor foram grandiosos. Sua filmografia é riquíssima e tem como principal atributo a diversidade.

O diretor nunca se manteve em uma zona de conforto. Veja, por exemplo, o seu primeiro filme -Bugsy Malone- e você terá uma experiência originalíssima e adorável; em contrapartida, o seguinte – Expresso Da Meia Noite – é basicamente uma viagem ao inferno.

Parker passeou por gêneros, realizou filmes gigantescos, outros menores e nunca perdeu a sua sofisticação.

Seus filmes são densos e cuidadosos, não se valendo, destacadamente, apenas de boas atuações ou uma direção exuberante. Não à toa, sua equipe foi a mesma em boa parte de sua carreira.

Talvez o seu auge experimental tenha sido a adaptação da ópera rock “The Wall”, da banda Pink Floyd. Não diria que é o seu melhor filme, mas é um projeto que denota a sua vontade de inventar e se provocar.

A música foi o tema mais explorado em suas obras, contudo, todas têm as suas particularidades e foram reconhecidas pela originalidade.

Ele foi indicado duas vezes ao Oscar, três ao Globo de Ouro e recebeu o prêmio do júri na edição do Festival de Cannes de 1984, por “Birdy”, outro importante filme.

O que você achou deste conteúdo?

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora. Seja o primeiro a avaliar!