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No texto sobre Paul Newman, eu disse que ele era um dos maiores galãs da história do cinema e que o maior apareceria aqui em breve. Pois bem, chegou a vez de Alain Delon, o principal símbolo da beleza masculina na sétima arte.

Isso acabou sendo um fardo em sua carreira, invariavelmente, diminuída ou ignorada. Alguns inclusive o consideram um canastrão, o que é um completo absurdo.

“Le Samouraï” e “Rocco E Seus Irmãos” são obras primas dirigidas por mestres, carregadas por interpretações completamente diferentes e igualmente fascinantes de Delon. Jean Pierre-Melville foi um dos cineastas que ajudou a criar a sua persona clássica e “Le Samouraï” é o exemplo perfeito de uma caracterização minimalista, minuciosa, cool e complexa. Em contrapartida, Luchino Visconti utilizava abordagens operísticas e melodramáticas. Poucos arcos são tão poderosos quanto o de Rocco e a composição de Delon é, simultaneamente, grandiosa e sutil. Não tenho dúvidas de que Al Pacino se inspirou nesse personagem para dar vida a Michael Corleone.

Os dois cineastas mencionados acima formaram parcerias importantes com Delon, que se destacou no cinema francês e italiano.

Um dos raros momentos em que ele se desvinculou um pouco do título de beleza, foi no filme “Mr. Klein”, dirigido pelo americano Joseph Losey, que conta com sua performance mais sombria. A trama se passa em Paris, no período da ocupação nazista e gira em torno de um homem que é confundido com um judeu de mesmo nome e precisa ir atrás de sua real identidade. Com toques de Kafka, essa é uma das obras mais perturbadoras que já assisti e muito se deve a interpretação de Delon, que nos coloca em sua pele.

Eu poderia citar diversos filmes sensacionais nos quais ele participou, mas não vou estragar a surpresa.

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