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O alemão Werner Herzog é, sem dúvida alguma, uma das figuras mais singulares da história do cinema. Ele é um ranzinza crônico, mas com um senso de humor especial. Sua voz é inconfundível e costuma ditar o ritmo de seus filmes. É impossível não prestar atenção nas filosofias e observações de Herzog, pois além de instigantes, são elevadas por um tom vocal arrepiante.

O diretor realizou vários filmes ficcionais maravilhosos, entretanto, meu foco, agora, será nos seus documentários, que nutrem uma importante semelhança: a busca incessante pela racionalização. Herzog gosta de pegar seres frágeis e incompreendidos e entender absolutamente tudo que os circunda. Ele enxerga a natureza como o último rastro de pureza em um universo que foi tomado pela destruição humana. Às vezes, Herzog passa a impressão de que se sente um estranho no ninho, contudo, em outras situações, podemos notar sua profunda admiração pelos seres humanos, que, segundo a sua ótica, são inquietos e estão sempre buscando um sentido. Seja em uma reserva de urso pardos ou na Antártica, as pessoas caminham em direção ao autodescobrimento e, mesmo que no caminho deixem marcas danosas, merecem respeito e consideração.

Seus filmes retratam essa relação de “amor e ódio” com muita clareza, conseguindo ser retratos cerebrais e emocionantes.

Não à toa, o documentário em que Herzog expõe o relacionamento com seu grande parceiro, Klaus Kinski, se chama “Meu Melhor Inimigo”.

Herzog foi um dos precursores do “Novo Cinema Alemão”, junto de grandes nomes como: Rainer Werner Fassbinder e Wim Wenders.

O diretor é prestigiado no mundo inteiro e reúne uma coleção impressionante de prêmios em festivais importantes: Cannes, Berlin, Sundance e Veneza, além de uma indicação ao Oscar.

Werner Herzog é o tipo de personagem que o cinema precisa.

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