Skip to main content

Uma das perdas mais sentidas e inesperadas nos últimos dez anos no meio artístico foi, sem dúvida alguma, a de Philip Seymour Hoffman.

Pouquíssimos atores tem uma carreira tão rica e vasta, tendo participado de filmes de extremo sucesso, fomentado uma parceria com um dos melhores diretores da atualidade – Paul Thomas Anderson – e contribuído em projetos arriscados, um tanto polêmicos.

“Love Liza”, um filme no qual Seymour Hoffman interpreta um sujeito viciado em cheirar gasolina é um bom exemplo de seu arrojo, no entanto, “Happiness”, a controversa obra prima de Todd Solondz segue sendo, na minha opinião, o ponto mais alto de sua carreira.

De “Missão Impossível 3” – o melhor vilão da franquia, por sinal – e “The Big Lebowski” a “The Boat That Rocked” e “Savages”. Seymour Hoffman estrelou todo o tipo de produção e, tirando raras excessões, nunca se meteu em furadas.

Spike Lee, Mike Nichols, David Mamet, Charlie Kaufman e Sidney Lumet foram alguns dos mestres que tiveram a sorte de contar com a sua genialidade.

“Doubt”, “Quase Famosos”, “The Talented Mr. Ripley”, “Perfume De Mulher”, “The Ides Of March” e “Capote”, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator, não poderiam deixar de ser citados.

Há quem diga que Seymour Hoffman só interpreta personagens deprimidos ou mentalmente frágeis, o que não é verdade. Apesar dessa ser, de fato, a sua especialidade, ele nunca precisou se escorar em zonas de conforto, desafios o moviam. Poderia dizer que Seymour Hoffman se saía muito bem em gêneros específicos, mas isso seria injusto, visto que sua capacidade lhe permitia participar, literalmente, de qualquer filme, de qualquer natureza.

Antes da sua precoce morte, ele ainda teve tempo de se aventurar atrás das câmeras. “Jack Goes Boating”, seu único projeto como diretor é excelente, mais uma prova definitiva de seu extenso e saudoso talento.

O que você achou deste conteúdo?

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora. Seja o primeiro a avaliar!