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Como disse na análise sobre “Magnolia”, Paul Thomas Anderson é um dos raros artistas que nunca errou. Mais que isso, ele é um diretor inquieto, que está sempre se renovando e expandindo seus horizontes. Diferente da maioria dos cineastas, que vê Los Angeles como uma zona predatória, Paul Thomas sempre a retrata de maneira nostálgica e bela, pois nasceu naquela região. 

Pegue por exemplo: “Magnolia”, “Boogie Nights”, “Inherent Vice” e seu trabalho mais recente, “Licorice Pizza” – todos se passam lá e tem tramas completamente diferentes. 

Paul Thomas Anderson adora planos longos. Sua câmera passeia pelos espaços e sempre revela algo importante, mas ele não para por aí. Seus roteiros são magníficos, principalmente pelo estudo minucioso de personagens. Seu trabalho de montagem é fundamental para o tom de suas obras, que fluem com muita naturalidade e suas escolhas musicais sempre elevam o material base. 

Assim como todos os diretores, Paul Thomas tem seus atores favoritos, figurinhas carimbadas em sua filmografia. Entre eles estão: Philip Seymour Hoffman, John C. Reilly, Daniel Day Lewis, Philip Baker Hall e Joaquin Phoenix. 

É interessante olhar para fora e perceber as principais referências de Paul Thomas. Robert Altman e Martin Scorsese são os primeiros nomes que vem à cabeça, por motivos óbvios. O primeiro, pela facilidade que tinha em lidar com vários “protagonistas” dentro de uma trama. Já o segundo, pelos planos estilosos e montagem ágil. 

O Oscar tem a amarga fama de ignorar gênios e Paul Thomas Anderson é mais um entre tantos. Ele merecia todos os prêmios por “Sangue Negro” e o esquecimento da academia por seu trabalho de direção em “Magnolia” foi um absurdo. Mais uma vez, ele tem boas chances, “Licorice Pizza” é uma obra prima. Ficarei na torcida.

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