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Existe um grande tabu em torno de “Mulholland Drive”, considerado um dos filmes mais complexos da história do cinema. Alguns não o assistem por terem “medo” de não compreendê-lo e outros dizem que não entenderam absolutamente nada, sendo, na verdade – na maioria dos casos -, uma desculpa para não se aprofundar verdadeiramente em uma obra tão densa e inovadora. Quem consegue se libertar dessas amarras, vive uma “experiência única”. Esse termo se tornou um clichê, mas, em “Mulholland Drive”, ele se se encaixa com autêntica perfeição.

Uma mulher prestes a ser assassinada é salva por jovens inconsequentes que colidem seus carros com a limusine em que ela estava presa. Vagando pelas ruas de Los Angeles, a personagem para em uma casa e lá se esconde até conseguir se lembrar de alguma coisa. A personagem perdeu a memória, não sabe quem é, quem está atrás dela e de onde veio o dinheiro que está em sua bolsa. Frágil, perdida e sozinha, ela acaba se deparando com Betty, uma aspirante a atriz que desembarcou em Los Angeles com o sonho de se tornar uma estrela. Seu olhar radiante esbanja otimismo e felicidade e é exatamente desse tipo de energia que Rita – a personagem sem nome decide se chamar assim – precisa. “Será como no cinema. A gente finge ser outra pessoa”, diz Betty, que, além de empatia pela pobre coitada, claramente sente a necessidade de viver algo que estimule suas habilidades artísticas. Seguindo pistas, como a bolsa cheia de dinheiro e um nome que vem à cabeça de Rita, as duas saem pelas ruas atrás de respostas.

A diferença entre as personalidades é fundamental para o fechamento da trama e a compreensão dos anseios de uma personagem em especial.

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