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Edward Norton é um dos raros atores cuja estreia foi um sucesso estrondoso. Ali mesmo, entrou para o hall de grandes nomes e é exatamente por isso que sua a carreira, mesmo repleta de trabalhos memoráveis, me parece incompleta ou injusta.

Adoraria, por exemplo, vê-lo trabalhando com Martin Scorsese, pois acredito que ele está no mesmo nível de atores como Robert De Niro e Marlon Brando – inclusive contracenou com ambos em “The Score” sendo o maior destaque.

Muitos dizem que seu personagem no filme “Birdman” é uma espécie de alter ego – um ator talentosíssimo, mas difícil de lidar, com quem ninguém quer trabalhar junto.

Eu não o conheço, então não vou ficar julgando sua personalidade. O fato é que Norton está entre os melhores de sua profissão e talvez as pessoas não percebam isso.

Ele sempre evitou o estrelato, inclusive recusou papéis importantes em filmes como “Psicopata Americano” e “O Resgate Do Soldado Ryan” – esse último, para ser o protagonista de “A Outra História Americana”.

Quando aceitou ser o Hulk, o ator fez diversas alterações no roteiro e, por isso, foi afastado pela Marvel.

Norton é um method actor, ou seja, ele molda sua vida a partir não só das emoções, mas também das transformações físicas de seus personagens. Em “Clube da Luta”, Norton fez uma dieta específica para perder dez quilos, teve aulas de boxe e taekwondo e ainda aprendeu a fazer sabonete.

Mesmo faltando elementos importantes em sua carreira, ele trabalhou ao lado de grandes diretores, como Woody Allen, Spike Lee, Milos Forman, David Fincher e Wes Anderson.

Norton não é apenas um grande ator, é também um diretor promissor. “Keeping The Faith” e “Motherless Brooklyn” são ótimos filmes e provam que ele é um sujeito inquieto, disposto a experimentar.

Falando em premiações, o Oscar o esnobou algumas vezes. Na minha opinião, o ator merecia, no mínimo, ter levado duas estatuetas. Norton ganhou um Globo de Ouro, porém merece muito mais.

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