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Diferentemente da maioria dos artistas abordados no site, Colin Farrell não é um ator que preza pela regularidade. Há quem diga que ele é o melhor de sua geração e há quem pense o exato oposto.

Acredito que, apesar de “Alexandre”, “Demolidor”, “Quero Matar Meu Chefe” e outros, Farrell é um ator extremamente versátil, expressivo e que de uns tempos para cá se dedicou a trabalhar com grandes diretores.

Mesmo não gostando de sua interpretação em “The Batman”, respeito a sua ousadia e tentativa de fazer algo novo. Dito isso, suas recentes parcerias com Yorgos Lanthimos e com Martin McDonagh o colocaram no mapa novamente.

“Phone Booth”, “The Beguiled” e “Fright Night” são, na minha opinião, provas concretas de que Colin Farrell é um artista incansável, que toma riscos e que consegue, através de sua intensidade, ditar o tom de certos filmes.

Ele pode ser um nova-iorquino clássico, um típico inglês ou abraçar suas origens irlandesas. Seu sotaque e sua corporalidade variam de acordo com o seu personagem. Em “The Banshees Of Inisherin”, por exemplo, Farrell dá vida a um homem meigo e ingênuo; em “Fright Night”, sentimos medo de sua imponência e olhares penetrantes; já em “The Killing Of A Sacred Deer, ele interpreta um homem tão introspectivo que beira o bizarro.

São descrições simples de atuações complexas e distintas de um ator que vem retomando a boa forma e evoluindo em todos os sentidos, através da escolha de projetos que exploram a sua versatilidade.

Farrell chegou ao seu ápice esse ano e a disputa com Brendan Fraser pelo Oscar de melhor ator promete ser intensa.

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