Fanny Brawne é uma costureira que se aproxima do poeta John Keats e, inevitavelmente, acaba se apaixonando por ele. Eles são “vizinhos”, talentosos no que fazem, mas vivem presos a uma série de convenções que desaprovam esse romance. Keats ainda precisa lidar com a iminente morte de seu irmão.
“Bright Star” é uma obra prima, o melhor filme que Jane Campion já realizou. Não por focar em um “amor proibido”, afinal, essas amarras são fáceis de se desvencilhar, mas pela forma que a diretora retrata a relação entre os dois, entendendo a natureza de ambos e homenageando Keats, um dos maiores poetas românticos de todos os tempos.
Campion sempre dá uma atenção especial à ótica feminina. Sua câmera emula rápidos olhares e é empática ao estudar o rosto de Fanny. Não precisamos de muitos minutos para perceber o seu interesse por Keats.
As palavras dão algum sentido à vida do poeta, que não ganha dinheiro com seus versos e que, apesar de escrever sobre o amor, não o conhece verdadeiramente. “Eu não acreditava nisso”.