Audrey Hepburn é, possivelmente, o maior símbolo feminino da história do cinema. Sua beleza não se baseava em atributos físicos, irradiava de uma pureza “inalcançável”.
Ela começou em peças britânicas e, logo em seu primeiro grande papel hollywoodiano, conquistou sua única estatueta e encantou o mundo, ao criar sua doce e imortalizada persona.
Apelidado pela revista Life de “a queridinha do mundo”, Hepburn certamente fugiu dos padrões de sua época. Os atores de Hollywood eram estrelas inconfundíveis e gostavam de ostentar esse status. Segundo relatos de pessoas próximas a atriz, ela, ao contrário, era genuinamente adorável e suas personagens eram reflexos de sua personalidade acolhedora.
Não à toa, mesmo após quase trinta anos de sua morte, seu legado segue o mesmo e permanecerá intocado.
“Minha geração conhecia Bergman. Garbo que nunca tínhamos visto. Fotos antigas não eram fáceis de encontrar na década de 1950. Os cinéfilos mais velhos falavam saudosamente de Jean Arthur, Carole Lombard, Margaret Sullavan e outras musas. Desde o momento em que Audrey Hepburn apareceu em Roman Holiday (1953), sabíamos que tínhamos uma”. Esse comentário do gênio Billy Wilder é marcante e sintetiza a grandeza da atriz.
Famosa também pelos exuberantes figurinos, Hepburn formou uma dupla icônica com o estilista francês Hubert de Givenchy – responsável por suas roupas em filme como: “Funny Face”, “Sabrina”, “Breakfast At Tiffany’s”, “Charade”, “How To Steal A Million” e “Paris When It Sizzles”. A parceria não ficou apenas na sétima arte e seguiu em outras áreas. Hepburn, inclusive, foi o rosto do primeiro perfume da marca Givenchy.
Famosa pelos papéis românticos, a atriz também se aventurou por outros gêneros, a exemplo do drama “The Nun’s Story”, no qual interpreta uma jovem que decide se tornar freira e, gradativamente, percebe que sua natureza era completamente diferente das demais.
Embaixadora da UNICEF, recebeu comendas por relevantes participações em diversos trabalhos humanitários.
Hepburn foi indicada cinco vezes ao Oscar, mas olhando para a sua vida em retrospectiva, isso pouco importa.
