Uma das grandes qualidades dos filmes de animação é transportar o espectador para lugares que ele jamais imaginou conhecer. Visualmente, “Vida de Inseto” é um filme bonito e imaginativo, que leva o seu universo a sério. O design de produção e a fotografia trabalham muito bem as diferenças entre os espaços, optando por ambientes abertos, coloridos e repletos de luz na colônia das formigas e uma atmosfera soturna, suja e “abandonada”, quando Flik parte em busca de ajuda. O território habitado pelos gafanhotos é árido e é interessante notar que dentro do grupo, Hopper – líder e vilão da história – é o menos colorido. Gosto também da forma como o diretor dá ênfase para o tamanho de cada ambiente. A nossa perspectiva é a de Flik, logo, quando sua jornada fora da colônia se inicia, tudo parece maior e inovador.
O design dos personagens também merece elogios. Cada espécie tem a sua particularidade, o que acaba sendo essencial para o desfecho e a mensagem deixada pelo diretor.