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Famosa por sua aparência andrógina, Tilda Swinton é uma atriz formidável, capaz de carregar filmes nas costas e de ser a coadjuvante perfeita para o seu protagonista. 

Sua trajetória é interessantíssima, começando com a parceria com o renomado diretor britânico Derek Jarman, que, sem dúvida alguma, a ajudou em sua formação. 

Swinton seguiu sua carreira sempre prezando pela qualidade dos projetos e, gradativamente, foi ganhando espaço na indústria, a partir de filmes como “Young Adam” e “The Deep End”. Em 2008, ela ganhou o Oscar de atriz coadjuvante por sua interpretação em “Michael Clayton”. 

O que a difere da maioria dos artistas é que, em vez de se acomodar após ter seu nome destacado em pôsteres promocionais, Swinton não se repetiu, nem optou por papéis mais simples. 

A impressão que tenho, é que ela faz o que deseja, seja um filme independente, seja uma comédia despretensiosa, seja um blockbuster, seja uma obra de um cineasta renomado. 

Se Swinton aceitou fazer parte do universo da Marvel, é porque algo a atraiu no roteiro ou na sua personagem. Não existem vícios nem preconceitos em sua filmografia e isso é bastante louvável. 

Não é qualquer atriz que trabalha com Wes Anderson, Jim Jarmusch, Derek Jarman, Luca Guadagnino, Pedro Almodóvar, David Fincher e Irmãos Coen. 

Poucos artistas conseguem se descaracterizar completamente e oferecer uma perfomance impressionante, como é o seu caso em “Suspiria”, no qual ela interpreta três personagens distintos, sendo dois deles marcados por uma maquiagem fortíssima. 

É difícil dizer qual é a sua melhor atuação, mas acredito que “We Need To Talk About Kevin” é uma resposta justa. 

Comecei o texto falando sobre sua androginia, que, na minha opinião, acabou a ajudando a ser escalada para qualquer tipo de filme. Sim, ela fez vários romances, alguns bem sensuais por sinal. Por outro lado, alguma outra atriz seria capaz de dar vida a uma personagem que vive um homem e uma mulher em pouco mais de uma hora e meia, como Swinton fez em “Orlando”? Acho que não.

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