Quem foi Robert Redford?
Um dos grandes nomes do cinema americano, conhecido por sua presença carismática e por interpretar personagens em conflito com os valores da sociedade. Redford se destacou tanto como ator quanto como diretor, consolidando-se como símbolo de uma América crítica, reflexiva e em transformação.
Infância e juventude
Robert Redford nasceu em 1936, na Califórnia, e cresceu em Los Angeles, em uma família de classe média. Filho de um contador e de uma dona de casa, viveu de perto as contradições do sonho americano, tema que marcaria sua trajetória artística. Passou por um início conturbado na universidade antes de estudar pintura em Paris e Nova York.
Início da carreira
Foi na American Academy of Dramatic Arts que Redford se voltou à atuação. Estreou na Broadway nos anos 1950 e logo migrou para a televisão e o cinema, onde sua combinação de introspecção e charme logo chamou atenção.
Auge e reconhecimento
Seu primeiro grande sucesso foi Barefoot in the Park (1967), mas a consagração veio com Butch Cassidy and the Sundance Kid (1969), ao lado de Paul Newman. O filme o transformou em ícone de uma nova geração de atores, ao mesmo tempo em que inaugurava uma fase de enorme popularidade.
Versatilidade e estilo
Redford atuou em filmes com forte carga ética e política, como All the President’s Men (1976) e The Candidate (1972), e dirigiu obras marcantes como Gente como a Gente (1980), que lhe rendeu o Oscar de Melhor Diretor. Seu estilo é comedido, mas impactante, sempre atento a questões sociais e morais. Foi associado a diretores como Sydney Pollack, Alan J. Pakula e George Roy Hill.
Vida pessoal e imagem pública
Apesar do status de galã, Redford sempre cultivou uma imagem discreta. Engajado politicamente e ambientalmente, fundou o Sundance Institute, incentivando novos talentos do cinema independente. Sua postura pública sempre refletiu integridade, autenticidade e engajamento com causas sociais.
Legado e despedida
Com uma carreira que atravessou décadas, Redford foi indicado ao Oscar em múltiplas categorias e recebeu uma estatueta honorária em 2002. Seu legado ultrapassa o cinema: é um dos principais responsáveis pela valorização do cinema independente nos EUA. Em 2018, anunciou sua aposentadoria das telas, deixando um rastro de personagens e filmes marcados pela inteligência e pelo humanismo.
