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O cinema tem alguns selos de qualidade, seja um diretor, seja um roteirista, seja um ator. Na atual situação da sétima arte, eu diria que Paul Dano é praticamente uma certeza de um bom filme.

Ele é, ao lado de Adam Driver, sem dúvida alguma, o principal ator de sua geração, impressionando pela versatilidade e pelo olhar criterioso ao escolher um projeto.

Após “Sangue Negro” e “Little Miss Sunshine”, Dano já era um rosto conhecido e, mesmo assim, optou por realizar um filme que estreou no festival de Sundance, em 2012, chamado “For Ellen”. Pouquíssimas pessoas assistiram esta obra, que considero uma das melhores da última década e que talvez represente o ápice interpretativo de Dano.

Ele lê roteiros e aceita os interessantes, os que o comovem verdadeiramente e querem dizer algo relevante. Não importa se é um filme independente ou um de orçamento altíssimo, Dano quer fazer parte de trabalhos ousados e que exijam o melhor dele.

Poderia dizer que sua zona de conforto seja interpretar personagens introspectivos – “Ruby Sparks”, “Swiss Army Man”, “For Ellen”, “Little Miss Sunshine” -, entretanto, isso não quer dizer muita coisa, já que sua capacidade para dar vida à sujeitos “expressivos” é igualmente fascinante – “The Batman”, “Sangue Negro” e “Love & Mercy”.

Dano transita muito bem entre o operístico e o sutil, sendo capaz de ser apavorante e absolutamente encantador com a mesma intensidade.

Ele nunca foi indicado ao Oscar, o que não me surpreende nem um pouco considerando o histórico da Academia. No entanto, diferente de outros atores como Robert Pattinson, que escolhem papéis tradicionalmente esnobados pelo Oscar, Dano poderia ter pelo menos umas seis indicações. Alguém consegue me explicar como ele não foi lembrado em 2008, por “Sangue Negro” ou em 2015, por “Love & Mercy”?

Pelo andar da carruagem Dano deve receber sua primeira indicação na próxima edição, por sua grande atuação no excepcional “The Fabelmans”, dirigido por Steven Spielberg.

Ficarei na torcida.

Vale ressaltar que Dano já esteve por trás das câmeras, quando dirigiu o excelente “Vida Selvagem”, que inclusive tem crítica no site, provando ser um homem de múltiplos talentos.

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