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A primeira vez que assisti “Paterson” foi há três anos e me lembro exatamente a reação que tive ao subir dos créditos: simplesmente reiniciei o filme. Nunca tinha visto nada parecido, tão simples, belo, poético e necessário.

É sobre sonhar, acordar, ter alguém ao seu lado, olhar o relógio, caminhar até o trabalho, voltar, se distrair e dormir. O mundano, coisas que estão na nossa frente, porém são “invisíveis” aos nossos olhos treinados.

Há beleza em praticamente tudo que nos circunda e Jarmusch expõe isso, utilizando um personagem que tinha tudo para ser desinteressante, mas não é.

Ao longo de uma semana, acompanhamos o cotidiano de Paterson, um motorista de ônibus e poeta. O seu percurso é o mesmo, no entanto, existe sempre um elemento diferente, um que enriquece a sua compreensão sobre o mundo ou que muda o seu ânimo. Uma conversa entre dois amigos é engraçada até o ponto em que uma mulher, silenciosamente, se sente ofendida. Depois, Paterson não ri com eles, mas deles.

Histórias, seja a de Hurricane Carter, seja a de um anarquista italiano, também chamam a sua atenção e, ainda assim, ouvindo atenciosamente pedacinhos da vida de seus passageiros, ele nunca deixa de observar a paisagem, as pessoas, seus semblantes e suas principais características.

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