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Indicada doze vezes ao Oscar – ficando atrás apenas de Meryl Streep – e dona do recorde de quatro estatuetas, Katharine Hepburn é, na minha opinião, a maior atriz de todos os tempos. 

Ícone da época dourada de Hollywood, sem dúvida alguma, o período mais “entupido” de intérpretes que transcenderam esse status e se tornaram astros, Hepburn construiu uma carreira impecável. Trabalhou com diretores importantíssimos e soube transitar muito bem entre as décadas. 

Ela não teve um momento e depois desapareceu, muito pelo contrário, com o passar dos anos, diversificou os seus atributos, percebendo que poderia se envolver em projetos desafiadores, como, por exemplo, “The Lion In The Winter”. Um ano antes, em 1967, Hepburn protagonizou o marcante “Guess Who’s Coming To Dinner”. “Por acaso” estes dois filmes lhe renderam a sua terceira e segunda estatueta e impressionaram pelas caracterizações complexas, poderosas e repletas de nuances de Hepburn. 

Por outro lado, se voltarmos um pouco no tempo e analisarmos suas performances em filmes como “Little Women”, “Holiday”, “Bringing Up Baby” e “The Philadelphia Story”, chegaremos à conclusão de que Hepburn não precisava de muito esforço para encantar e chamar a atenção do espectador. Não digo que prefiro a fase final de sua carreira, acho até que sou mais fã do início, exatamente por simbolizar o melhor que a antiga Hollywood tinha a oferecer. 

Diferentemente de sua xará, Audrey, que se valia muito de sua delicadeza e beleza angelical, Katharine, igualmente charmosa, carismática e bela, tinha uma presença mais pulsante, quase hiperativa, capaz de fazer o espectador sorrir sem notar e de ofuscar os seus parceiros de cena. 

Tenho uma enorme admiração pelos cineastas e atores desse período e Hepburn teve o prazer de trabalhar com alguns dos grandes: Howard Hawks, George Stevens, John Huston, John Ford, Cary Grant, James Stewart, Robert Mitchum e Humphrey Bogart. 

Seus principais colaborares e, acredito que grandes amigos em sua trajetória foram, obviamente, George Cukor e Spencer Tracy. 

Dito isso, acredito que na maioria desses filmes, Hepburn acabou se sobressaindo, o que não é um demérito aos demais. 

Outras gerações vieram, excelentes atrizes estão em seu auge nesse momento e, mesmo assim, não consigo enxergar nenhuma perto de Katharine Hepburn, cuja presença na tela ainda é impactante.

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