Skip to main content

Se os membros da Academia estiverem sóbrios na hora de votar esse ano, Cate Blanchett levará a sua terceira estatueta para casa. Mais um raro caso no qual uma grande atriz é merecidamente reconhecida. Para mim, é no mínimo curioso que seus outros dois Oscars tenham sido por interpretações em filmes dos meus diretores vivos favoritos: Martin Scorsese – “O Aviador” – e Woody Allen – “Blue Jasmine”.

Cate Blanchett ainda tem um longo caminho para percorrer e já está no topo, ao lado de nomes como Meryl Streep, Barbara Stanwyck e Katharine Hepburn.

Eu sinto que, diferentemente de Paul Dano, por exemplo, Blanchett nem sempre escolhe os melhores projetos, o que acaba brecando a sua carreira. Ainda assim, ela coleciona oito indicações ao Oscar, tendo trabalhado com grandes diretores: Todd Haynes, Wes Anderson, Terrence Malick, Jim Jarmusch, David Fincher, Richard Linklater, entre outros.

Blanchett atuou em alguns filmes de qualidade questionável, mas nunca esteve mal, sempre elevou seus projetos e se consolidou como um selo de qualidade.

Pouquíssimas pessoas assistiram a “Heaven” e “Notes On A Scandal”, obras nas quais a atriz comprova o seu talento e a sua versatilidade. Talvez seja isso o que mais me impressione em sua carreira. Blanchett não esteve o tempo inteiro nos grandes circuitos e mesmo assim manteve seu nome no topo das paradas.

Algumas atrizes ficam marcadas por sua beleza e Blanchett tem esse atributo, porém não é reconhecida por isso, provavelmente porque as pessoas estão demasiadamente ocupadas apreciando o seu talento.

A maior prova de sua inquietude é que “TÁR”, seu último filme, representa o seu auge, o que não é pouca coisa.

O que você achou deste conteúdo?

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora. Seja o primeiro a avaliar!