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“71 Fragmento De Uma Cronologia Do Acaso” não tem apenas um título peculiar, sua narrativa é um verdadeiro desafio para o espectador, que precisa juntar cacos, pequenas passagens na vida de pessoas aleatórias e formar um painel que reúne todos os sentimentos e ideias sutilmente deixadas por Haneke ao longo do filme.

Um garoto perdido é apresentado através de um plongée – ângulo que volta a ser utilizado no final. Ele é romeno e não podemos dizer que fugiu, pois não tem pais. Sua trajetória se baseia em roubos, um deles bastante ingênuo e delicado por sinal – uma revista infantil -, a incessante busca por sobrevivência, caminhadas que não o levam a lugar algum e numa observação constante. Sentimos no olhar daquela criança, em um país no qual não entende a língua, uma vontade imensa de ser amado e de ter amigos. Inteligente, ele percebe que a única chance de ser notado é se entregando para a polícia, assim seria entrevistado por um jornal e chamaria a atenção de pessoas sensíveis.

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