George A. Romero (4 de fevereiro de 1940 – 16 de julho de 2017) foi um cineasta norte-americano aclamado, frequentemente referido como o “pai dos filmes de zumbis”. Nascido em Nova York, Romero era filho de um imigrante cubano e uma mãe de ascendência lituana. Desde jovem, ele era fascinado por cinema, frequentemente filmando curtas com uma câmera 8 mm que usava em projetos amadores. Seu legado é marcado pela criação do conceito moderno de zumbi em “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968), filme que transformou o terror e o cenário cultural do cinema.
Início da Carreira
Romero começou sua carreira no cinema filmando comerciais e curtas experimentais em Pittsburgh, onde formou a produtora The Latent Image. Seu primeiro longa-metragem foi “A Noite dos Mortos-Vivos”, uma produção independente e de baixo orçamento, co-escrita com John A. Russo. O filme foi lançado em 1968 e rapidamente se tornou um marco do cinema de horror, oferecendo uma nova visão dos mortos-vivos. A obra também é famosa por incluir subtextos sociais importantes, como uma crítica ao racismo, algo raro na época. Romero continuou trabalhando em Pittsburgh, mantendo sua independência criativa.
Consagração no Cinema de Terror
Após o sucesso de “A Noite dos Mortos-Vivos”, Romero se dedicou a outros projetos no terror que abordavam temas sociais. “O Exército do Extermínio” (1973), por exemplo, lida com o pânico coletivo em uma epidemia, enquanto “Martin” (1976) explora temas de alienação e obsessão por meio de uma releitura moderna do mito do vampiro.
Romero continuou com a sua “Trilogia dos Mortos” com “Despertar dos Mortos” (1978) e “Dia dos Mortos” (1985), expandindo as críticas sociais que se tornaram sua marca registrada. Em “Despertar dos Mortos”, ele aborda o consumismo, situando os personagens em um shopping center enquanto o mundo à sua volta sucumbe. “Dia dos Mortos” explora a fragilidade das instituições humanas e a sobrevivência em um mundo dominado pelo medo do desconhecido.
Estilo e Legado
Conhecido por seu estilo único, Romero utilizava o terror pra discutir questões sociais e culturais, unindo críticas sociais com horror explícito. Suas representações de zumbis foram, e ainda são, altamente influentes. Com um tom satírico e de crítica social, ele inspirou uma nova geração de cineastas e artistas, consolidando o subgênero de zumbis. Romero também explorou outros gêneros com filmes como “Knightriders” (1981), um drama com temas de lealdade e identidade, e “Creepshow” (1982), uma comédia sombria em formato de antologia, em colaboração com Stephen King.
Últimos Anos e Reconhecimento Póstumo
Apesar de seu sucesso no gênero, Romero enfrentou dificuldades para financiar novos projetos. Ele continuou expandindo sua série de zumbis com “Terra dos Mortos” (2005), “Diário dos Mortos” (2007) e “Ilha dos Mortos” (2009), cada um explorando diferentes aspectos da natureza humana e temas sociais. Esses filmes, apesar de não alcançarem o mesmo sucesso dos primeiros, trouxeram novos elementos à sua crítica da sociedade contemporânea.
George A. Romero faleceu em 16 de julho de 2017, aos 77 anos, deixando um legado inestimável no cinema. Seu trabalho é amplamente celebrado e segue influenciando o cinema de terror. Sua representação dos zumbis foi revolucionária e incontestavelmente se tornou um marco cultural, transcendente do gênero de terror.