Skip to main content

“Death And The Maiden” se passa em um país – não mencionado – da América do Sul, após um regime ditatorial. Essa frase talvez dê a ideia de algo grandioso, talvez um épico. Não, pelo contrário, o filme se limita basicamente a uma única locação e é mais uma prova definitiva de que Roman Polanski é um dos maiores mestres quando o assunto é criar atmosferas tensas e angustiantes.

Em uma noite chuvosa, Pauline prepara o jantar e aguarda o seu marido, que não aparece. A rádio informa que ele foi escolhido pelo Presidente para ser o Chefe do comitê de direitos humanos, informação que a afeta um pouco. Escobar chega em casa, seus pneus furaram e ele teve que buscar uma carona. Pauline sabe que o trabalho lhe dará visibilidade e o parabeniza, todavia, não deixa de demonstrar uma certa inquietude. A protagonista foi uma prisioneira da Ditadura e tem convicção de que o comitê é uma farsa, uma jogada política que, no fundo, quer fomentar uma imagem, não prender criminosos.

Escobar é um sujeito sério e fará de tudo para mudar esse sistema. Suas palavras não são mentirosas, Pauline o ama e, por alguns segundos, eles dividem intimidades, como um casal apaixonado.

O que você achou deste conteúdo?

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora. Seja o primeiro a avaliar!