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“Beautiful Thing” é uma das maiores provas de que a simplicidade é uma rara virtude. A direção de arte, apesar de diferenciar os apartamentos de Jamie e Steven através do uso de cores – vivas e frias, respectivamente -, não é memorável, a fotografia opta pelo naturalismo, fugindo de tons que ressaltam algo a mais e a diretora Hettie Macdonald, tirando uma sequência na qual utiliza um longo plano para tratar um pub gay como um “outro universo”, foge de qualquer exibicionismo. Seu principal mérito é olhar para um tema tão explorado de uma forma mais doce, menos traumática.

A trama flui levemente e, mesmo que o drama esteja presente no contexto do filme, a delicadeza do texto e dos atores passam por cima de qualquer melancolia.

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