Cada momento na história do cinema teve os seus grandes intérpretes. Os da época de ouro hollywoodiana acabaram extrapolando essa barreira e se tornaram ícones, figuras de uma magnitude imensurável.
Na década de setenta surgiram nomes como Jack Nicholson, Al Pacino, Robert De Niro, Dustin Hoffman, Gene Hackman e Donald Sutherland.
Posteriormente, Sean Penn, Edward Norton, Tom Cruise, Tom Hanks e Denzel Washington ganharam um merecido destaque.
Mas quem é o grande nome dessa geração?
Na minha opinião, a resposta é simples: Adam Driver. Dono de uma aparência e uma voz inconfundíveis, ele já chama a atenção do espectador antes mesmo de falar algo.
Me lembro perfeitamente quando assisti o oitavo Star Wars. Apesar de não ter gostado do filme, fiquei hipnotizado por aquela figura estranha.
Um tempo se passou e descobri que Driver não era apenas “peculiar”, mas dono de uma expressividade rara e de uma versatilidade impressionante. “Paterson” é sobre o cotidiano de um motorista de ônibus e poeta. Uma história aparentemente simples, que ele e Jim Jarmusch transformaram numa das maiores obras primas da última década.
Essa sutileza retorna em “Marriage Story”, que também conta com momentos mais explosivos e extremamente humanos. Partindo numa nova direção, Driver topou ser o protagonista de “Annette”. Dirigido por Leos Carax, o filme é um musical anti-naturalista e fantasioso, dominado por uma performance imponente do ator, que se provou também um excelente cantor.
Driver é o nome do momento, já trabalhou com Martin Scorsese, Ridley Scott, Spike Lee, Steven Soderbergh, Irmãos Coen, Steven Spielberg, Jeff Nichols, Clint Eastwood, Terry Gilliam e protagonizará os próximos filmes de Francis Ford Coppola e Michael Mann. Não é pouca coisa e não é qualquer um que pode se considerar um colaborador habitual de Jim Jarmusch e Noah Baumbach.
Driver já foi indicado duas vezes ao Oscar e ainda não foi premiado, no entanto, esse é um dos casos que eu nem me preocupo. Já já sua prateleira estará lotada.