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A mente de Charlie Kaufman sempre nos oferece exercícios de auto-observação. Seus filmes são, em geral, melancólicos, existencialistas e profundos, na medida em que ele compreende genuinamente as maiores angústias e dores que permeiam a trajetória humana.

“Synedoche, New York” não é uma obra fácil de se digerir, nem de aceitar, afinal, ela é bastante pessimista. No entanto, é inegável a criatividade e a originalidade de Kaufman, que coloca o espectador para refletir a partir de uma trama nada convencional.

Caden Cotard é um diretor de peças de teatro. Um homem cujo casamento estacionou em um estado de pura frieza e que sofre com terríveis crises de ansiedade. Adele o chama pelo nome, não por um apelido carinhoso e apenas o informa que levará sua filha, Olive, para a Alemanha, sem previsão de retorno. Tudo ao redor de Caden remete ao seu fim: o leite estragado, o obituário no jornal e desenhos animados no qual ele morre – fruto de sua imaginação. O protagonista fica minutos observando suas fezes, verificando se há algum vestígio de sangue nelas.

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